domingo, 16 de setembro de 2012

Não consigo entender


 
Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar

O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido

Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar

O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?

Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar

O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro.
 
Paulo Mendes Campos

4 comentários:

  1. Texto incrivelmente bonito. Obrigado por compartilhar.
    Abraço.
    Gilson.

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  2. Olá Elenir!
    navegando pela net encontrei esse espaço riquissimo e aconchegante e aqui vou ficando e acompanhando.
    Desde já deixo aqui meu convite e quando puder sinta-se a vontade para ir em :

    http://passossilenciosos.blogspot.com

    Beijos e semana de paz!
    ;)

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  3. Com o tempo estou aprendendo a ler e sentir com mais intensidade o valor dos poemas.Cada verso me dá uma gota de reflexão.Paulo Mendes,em seu primeiro livro "A palavra escrita",nos presenteia com ricos escritos.
    O poema, aqui postado "Não consigo entender",nos mostra a magnitude da escolha de termos que traduzem sensibilidade, a qual ele registra com o uso de palavras meticulosamente escolhidas.Paulo foi poeta de mão cheia, e como sempre digo, eles têm poder, o poder de nos entregar lindos poemas que nos sensibilizam a alma.Muito bom.Um grande abraço a você, querida prima.

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  4. São comparações de coisas incomparáveis.
    O tempo é impiedoso, a morte é um final de um começo e o teu olhar, . . . . nem sei dizer.
    beijos!!!!

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