Arte: Francisco Metrass
Mulher, como te chamas? - Não sei.
Quando nasceste, tua origem? - Não sei.
Por que cavaste um buraco na terra? - Não sei.
Há quanto tempo estás aqui escondida? - Não sei.
Por que mordeste o meu anular? - Não sei.
Sabes, não te faremos mal nenhum. - Não sei.
De que lado estás? - Não sei.
É tempo de guerra, tens de escolher. - Não sei.
Existe ainda a tua aldeia? - Não sei.
E estas criancas, são tuas? - Sim.
Quando nasceste, tua origem? - Não sei.
Por que cavaste um buraco na terra? - Não sei.
Há quanto tempo estás aqui escondida? - Não sei.
Por que mordeste o meu anular? - Não sei.
Sabes, não te faremos mal nenhum. - Não sei.
De que lado estás? - Não sei.
É tempo de guerra, tens de escolher. - Não sei.
Existe ainda a tua aldeia? - Não sei.
E estas criancas, são tuas? - Sim.
Wislawa Szymborska
Wislawa Szymborska - Nasceu em Kórkik, Polônia, 2 de Julho de 1923,
foi Prêmio Nobel de Literatura em 1996.
Feliz Dia das Mães Elenir.
ResponderExcluirbeijooo.
A sutileza e profunda sensibilidade desta mulher (Wislawa Szymborska) me permite uma aproximação ao que deve SER MÃE.
ResponderExcluirObrigado, Elenir, pela escolha, como sempre precisa.
Elenir, boa noite!
ResponderExcluirParabéns pelo espaço tão bem cultivado. Não sei que acaso me trouxe, mas tanto de bom encontrei que, pronto, vou ficar.
Abraço.
Gilson.