domingo, 24 de abril de 2011

Deixa-me fluir


Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui,
um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens
cantarão as horas

Me recamarei de estrelas
como um manto real
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...

Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!

Mário Quintana

9 comentários:

  1. Muito lindo o poema, parabéns pela postagem, beijos.

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  2. Pudera eu ser como um espelho, não guardar as coisas refletidas...

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  3. O Mário Quintana ele percebeu uma coisa que eu não gosto de admitir: vc vai se esquecer, vc vai ser encantar, sofrer, passar por tudo, e ainda assim vai continuar.

    Eu sofro com a idéia de não poder lembrar de todos os momentos da minha vida, gostaria de ter a memória infinita, deve ser mto bom!

    Mas ele nos diz que fluir pela vida é se encantar com essas coisas no momento que elas acontecem, sentir essas coisas. É lindo demais!

    Mto bom!!!

    Bejo!

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  4. Será que como os rios que possuem uma tristeza em não poder parar,nós ficamos felizes por pararmos sempre que quisermos?Em nosso espelho da alma com certeza,guardamos tudo o que nos causou alegrias e tristezas,basta-nos acionar o botão da lembrança que tudo volta,porém M.Q.nas entrelinhas nos quis dizer que ser um rio o deixa viver.Belo poema,bela escolha.Um grande abraço!

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  5. Mario é muito bom tudo de bom em tudo e sempre mulher!

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  6. Uma belíssima escolha poética.
    Gostei.
    Beijo.

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  7. Muito belo o texto. adorei...

    Abraços de luz

    Hospital Espiritual do Mundo

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  8. Linda postagem sobre os caminhos desejados do SER.

    Abraços,

    Anna Amorim

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