Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar
O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro.
Paulo Mendes Campos
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar
O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro.
Paulo Mendes Campos
Texto incrivelmente bonito. Obrigado por compartilhar.
ResponderExcluirAbraço.
Gilson.
Olá Elenir!
ResponderExcluirnavegando pela net encontrei esse espaço riquissimo e aconchegante e aqui vou ficando e acompanhando.
Desde já deixo aqui meu convite e quando puder sinta-se a vontade para ir em :
http://passossilenciosos.blogspot.com
Beijos e semana de paz!
;)
Com o tempo estou aprendendo a ler e sentir com mais intensidade o valor dos poemas.Cada verso me dá uma gota de reflexão.Paulo Mendes,em seu primeiro livro "A palavra escrita",nos presenteia com ricos escritos.
ResponderExcluirO poema, aqui postado "Não consigo entender",nos mostra a magnitude da escolha de termos que traduzem sensibilidade, a qual ele registra com o uso de palavras meticulosamente escolhidas.Paulo foi poeta de mão cheia, e como sempre digo, eles têm poder, o poder de nos entregar lindos poemas que nos sensibilizam a alma.Muito bom.Um grande abraço a você, querida prima.
São comparações de coisas incomparáveis.
ResponderExcluirO tempo é impiedoso, a morte é um final de um começo e o teu olhar, . . . . nem sei dizer.
beijos!!!!